O Parque Estadual da Pedra Selada, administrado pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), foi palco de um registro inédito e comovente: uma tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla) fêmea foi filmada carregando seu filhote nas costas. O flagrante é um importante documento sobre o comportamento maternal da espécie na unidade de conservação.
– Esse flagrante é a comprovação concreta do sucesso do nosso trabalho de conservação. Ver uma fêmea com seu filhote, saudável e se desenvolvendo em nossa unidade de conservação, significa que o ecossistema está equilibrado e oferecendo condições para que essas espécies não apenas sobrevivam, mas se reproduzam – ressaltou o secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi.
As imagens, capturadas por uma das armadilhas fotográficas instaladas no parque para monitoramento da fauna, mostram a fêmea do mamífero passando calmamente pela floresta com o filhote seguro em suas costas. Esse comportamento de carregar a cria é fundamental para a proteção e sobrevivência do filhote em seus primeiros meses de vida, protegendo-o de predadores e garantindo seu deslocamento seguro.
Apesar de ser um instinto vital da espécie, esta é uma das primeiras vezes que a cena foi documentada de forma tão clara dentro dos limites do Parque Estadual da Pedra Selada. O registro não apenas encanta pela beleza, mas também serve como um valioso indicador da saúde do ecossistema local.
A gravação reforça a importância do trabalho de conservação ambiental realizado no parque e do uso de tecnologias, como as armadilhas fotográficas, para o estudo e a preservação da biodiversidade da Mata Atlântica.
Sobre o parque
Uma das maiores cadeias de montanhas do sudeste brasileiro com uma área de 8.036,62 hectares, o Parque Estadual da Pedra Selada abriga remanescentes expressivos de floresta primária e diversas espécies da fauna e flora nativas ameaçadas de extinção, além de áreas de interesse arqueológico, histórico, científico, paisagístico e cultural. A unidade de conservação tem como objetivo proteger e preservar populações de animais e plantas nativas e oferecer refúgio para espécies migratórias, raras, vulneráveis, endêmicas e ameaçadas.
No local, há diversas atrações como um Hotel de Abelhas Solitárias, um jardim de Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANCs), uma exposição permanente de animais taxidermizados e a trilha do Bosque do Visconde, dentre outras. O parque realiza diversas atividades de educação ambiental e tem entrada gratuita de segunda a domingo, das 8h às 17h.